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domingo, 27 de novembro de 2011

A utilidade limitada da condensação e da automatização

  A condensação e a automatização do conhecimento e a aprendizagem associativa, são recursos eficazes e necessários diante de qualquer demanda ou necessidade de aprendizagem. Entretanto a aprendizagem do aluno se for meramente reprodutiva, consolida em hábitos e atitudes para a aprendizagem essencialmente passivos, receptivos, em que o aluno se acostuma a não tomar a iniciativa, a não se interrogar sobre o mundo, a esperar respostas já elaboradas para engoli-las em vez de tentar suas próprias respostas. Esses hábitos provocam pautas motivacionais e estilos de aprendizagem em que o aluno tende a não assumir  responsabilidade, o controle ou a autonomia da própria aprendizagem, que será sempre subsidiária das instruções do professor. Então, está impedindo-se que o aluno se envolva com sua aprendizagem e que aprenda a aprender.

A aprendizagem construtiva

  Trata-se de um processo em que o que aprendemos é o produto da informação nova interpretada à luz do que já sabemos. Não se trata de reproduzir informação, mas de assimilá-la ou integrá-la em nossos conhecimentos anteriores. É uma aprendizagem distinta, construtiva, que baseia-se em compreender o significado do material e não só em tentar "copiá-lo" literalmente com mais ou menos sorte. O compreender  é traduzir algo para as próprias ideias ou palavras. Aprender significados é mudar ideias como consequência de interação com nova informação.

Exigências da aprendizagem construtivista

  •  O material de aprendizagem tem que ter uma organização conceitual interna, que não constitua uma lista de elementos justa postos e sim uma conexão lógica ou conceitual com os outros elementos.
  • O material de aprendizagem tem que ter uma estrutura conceitual explícita, convém que a terminologia e o vocabulário não sejam excessivamente novos nem difíceis para o aluno.
  • É preciso dosar o surgimento de termos tão obscuros como contingência, conexionismo ou interferência pró-ativa e, se for necessário incluí-los, explicar e ilustrar seu significado de um modo compreensível para o leitor, quer dizer, conectando-o com seus conhecimentos prévios.

sábado, 26 de novembro de 2011

Aquisição de Regularidades

  
  Um primeiro processo associativo está formado para extrair regularidades do ambiente,estabelecendo sequências de previsões de fatos e comportamentos que nos permitam viver num mundo mais previsível e controlado.Realmente,a aprendizagem associativa de regularidades se baseia em detectar não apenas co-variações simples,como supunham as primeiras teorias da aprendizagem animal,como a de Pavlov,basiadas na idéias simples da contiguidade,como relações em todo o "espaço de contingências entre esses dois fatos.
   Nas situações de aprendizagem não há só sequências de previsões e de controle entre dois fatos,mas,a cada instante,nos são apresentadas muitas informações sobre as quais temos de aprender.As teorias implícitas,ainda que se sustentem em mecanismos de aprendizagem associativa,atuam também mediante  processos construtivos,já que nos fazem perceber a realidade através delas,de forma que organizam nossa percepção e ação no mundo,distorcendo nossas representações e desviando-nos do pincípio de correpondência.

A Integração De Associação e Construçao Num Sistema Complexo

As funções adaptativas da aprendizagem,que fazem de nosso sistema cognitivo uma máquina tão potente,são alcançadas através de dois processos complementares:um primeiro sistema de aprendizagem associativo.


E um segundo sistema de aprendizagem construtiva ou por reestruturação.
Ambos os sistemas de aprendizagem devem ser entendidos não só como complementares em boa medida como quanto uma continuação um do outro.Ainda que se possam encontrar diferenças radicais entre aprendizagem associativa e a construção de conhecimento também pode se achar uma continuidade entre eles.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

-A Automatização do Conhecimento-

    Outro processo de aprendizagem associativa é a automatização. À medida que se condensam e se recuperam juntas certas representações, numa só peça, vão sendo executadas com um consumo cada vez menor de recursos atencionais. Com a prática  repetida, certas aprendizagens se consolidam, na memória de trabalho, até o ponto de passarem de atividades controladas a rotinas automatizadas, sem controle consciente.
    Em psicologia cognitiva, diz-se que há tarefas( ler este livro, consertar a lavadora, avaliar o alcance dos objetos didáticos propostos) que consomem muitos recursos cognitivos. A partir de Shiffrin e Schneider(1977) afirma-se que essas tarefas requerem processos controlados.

     Processos Controlados:                                                  Processos Automáticos:

-consomem atenção;                                                     - mal consomem atenção;
- não são rotinas aprendidas;                                         - são adquiridos por aprendizagem;
-requer esforço consciente.                                            - não exigem esforço consciente.

                                                                 (Processos controlados)

                                                               ( processos automáticos)

-A Condensação da Informação-

  Um mecanismo de aprendizagem associativa para incrementar essa capacidade é condensar  aqueles elementos de informação que tendem a ocorrer juntos em forma de chunks ( fragmentos). Ao invés de aprender separadamente cada cifra.
                                                     3-1-5-2-8-1-4

   Podem ser agrupados ou condensados em três partes de informação ou chunks.
                                                      315-28-14

   O número que temos que recordar seja o mesmo a quantidade de informação se reduz a três unidades, o que facilita a tarefa. O relavante pra capacidade da memória de trabalho não é a quantidade de informação, mas o número de elementos independentes. Quando vários elementos se consdensam em um só, consomem os recursos correspondentes a um elemento.
   O mecanismo  mediante o qual se  condensa a informaçãoé a repetição!

   " Todos nós alunos, adquirimos conhecimentos condensados cujo significado na maioria das vezes jamais chegamos a vislumbrar. Às vezes, podemos elaborar um pouco mais esse material, mediante rimas, músicas e outros truques, facilitando sua recuparação."


Os especialistas lembram melhor por que agrupam as peças em diferentes chunks. Em troca, a imagem 2 corresponde a uma distribuição aleatória das peças.











domingo, 20 de novembro de 2011

- PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO NO SISTEMA NERVOSO -



   De acordo com Robert Sternberg, autor do livro PSICOLOGIA COGNITIVA. O cérebro pode ser dividido em 3 regiões principais: o Prosencéfalo, Mesencéfalo e o Rombencéfalo.



  O Prosencéfalo inclui o Córtex Cerebral, os Gânglios Basais, o Sistema Límbico, o Tálamo e o Hipotálamo.
O Sistema Límbico é composto de três estruturas cerebrais interconectadas: a Amígdala, o Septo e o Hipocampo.
  

  O Mesencéfalo ajuda a controlar o movimento e a coordenação dos olhos. O Sistema de Ativação Reticular  é importante no controle da consciência, atenção, função cardiorrespiratória e movimento.


  
O Rombencéfalo é formado pelo Bulbo, pela Ponte e pelo Cerebelo.



- Lobos dos Hemisférios Cerebrais -

Quatro lobros dividem o hemisfério cerebral em quatro partes. Chamados respectiamente: o Frontal , o Pariental, o Temporal e o Occipital.

  Por fim,  ele fala dos Trantornos Cerebrais: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Tumores Cerebraia, Traumatismo Crâniano-encefállico (TCE)


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

   Gardner identificou as inteligências lingúística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios.  Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligências sejam, até certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. 


domingo, 6 de novembro de 2011

Inteligência Espacial

Gardner descreve a inteligência espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes visuais.Pessoas com este perfil de inteligência, tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas tem uma grande capacidade de criação em geral mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência tem como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue.

Inteligência intrapessoal

               A característica principal deste tipo de inteligência é a facilidade de quem a possui em compreender e identificar as suas próprias emoções e em lidar com elas de forma adequada às várias situações e aos seus objetivos pessoais. Implica a necessidade de refletir e de auto-avaliar. As pessoas conhecem os seus pontos fracos e os fortes e conseguem definir objetivos e desafios adequados, não alimentando expectativas irrealistas. Vêem o sucesso como resultado do seu esforço, do seu trabalho consciente e planificado e da sua persistência. Estudantes caracterizados por este tipo de inteligência responsabilizam-se pela sua própria aprendizagem, auto-regulando o seu estudo. Gostam de estudar sozinhos.

              A inteligência intrapessoal é essencial para o exercício de diversas profissões. Os investigadores, os psicólogos, os filósofos, os autores e os atletas de alta competição são alguns dos profissionais que precisam  tê-la bem desenvolvida. Contudo as competências que a caracterizam são também indispensáveis para se conseguir definir um percurso de vida que tenha em conta, por um lado, as características pessoais e, por outro, os objetivos a atingir, contornando mais facilmente as dificuldades e rentabilizando mais eficazmente as potencialidades.

Como podem os educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento desta inteligência?

- Ajudando-os a estabelecer metas pessoais para o seu estudo, de acordo com os seus objetivos, as suas dificuldades e o seu ritmo.

- Levando-os a praticar uma auto-avaliação da sua aprendizagem após cada sessão de estudo.

- Proporcionando diferentes estratégias de aprendizagem e promovendo uma auto-avaliação da sua utilização, para que cada aluno se torne mais consciente do seu estilo de aprendizagem.

Chapman, C. (1993). If the shoe fits... How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.
Gardner, H. (1993). Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences.London: fontana Press.
Zenhas, A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a estudar - Aprender a estudar (4.ª ed.). Porto: Porto Editora.

Inteligencia Interpessoal

            A inteligência interpessoal é a capacidade de entender e reagir corretamente em face de desejos , humores, temperamentos, idéias, valores, interesses e motivações de outras pessoas . acredita-se que em crianças se apresenta para fazer distinção entre pessoas e posteriormente se apresenta como percepção das atitudes e das intenções destas.

         A competência básica fundamental deste tipo de inteligência é o talento para compreender os outros, pelo que as pessoas com esta inteligência desenvolvida têm grande facilidade em estabelecer empatia. Relacionam-se, interagem e trabalham bem com outros indivíduos, tendo facilidade em os motivar a persistir na busca dos objetivos comuns. Conseguem compreender e interpretar os sentimentos, as motivações e as intenções dos outros. Interagem de forma eficaz, mobilizando competências variadas, particularmente no âmbito da comunicação verbal e não verbal. São também eficazes na gestão de conflitos. Gostam de conviver e fazem amigos facilmente. Têm mais proveito quando estudam em grupo, podendo aí trocar ideias com outros colegas e dar e receber apoio mútuo.

    Como podem os educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento desta inteligência?

- Propondo e ajudando a organizar tutoria de pares, ou seja, uma situação em que um aluno melhor numa determinada área ou matéria ajuda outro com mais dificuldades.

- Propondo e ajudando a organizar pequenos grupos para estudo ou realização de trabalhos fora das aulas.

- Promovendo a troca de correspondência entre escolas, seja por via postal ou por correio eletrônico.


Bibliografia:
http://www.brasilescola.com/psicologia/inteligencia-interpessoal.htm
Chapman, C. (1993). If the shoe fits... How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.
Gardner, H. (1993). Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences.London: fontana Press.
Zenhas, A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a estudar - Aprender a estudar (4.ª ed.). Porto: Porto Editora.

domingo, 30 de outubro de 2011

Kurt Lewin

 
Psicólogo alemão, nasceu em 9 de setembro de 1890 em Mogilno, Alemanha, na época, morreu em Newtonville, Massachusetts, Estados Unidos, em 12 de fevereiro de 1947.

A teoria do campo psicológico, formulada por Lewin, afirma que as variações individuais do comportamento humano com relação à norma são condicionadas pela tensão entre as percepções que o indivíduo tem de si mesmo e pelo ambiente psicológico em que se insere, o espaço vital, onde abriu novos caminhos para o estudo dos grupos humanos. Dedicou-se às áreas de processos sociais, motivação e personalidade, aplicou os princípios da psicologia da Gestalt. Lewin desenvolveu a pesquisa-ação (Action-Research), tentando com ela dar conta de dois problemas levantados pela sociedade em sua época: os problemas sociais e a necessidade de pesquisa. Fez isso, pois nem sempre a pesquisa social pode ser levada para os laboratorios.




                                                                (Action-Research)


Não podemos deixar de falar da teoria de três etapas (descongelamento, movimento e recongelamento) de Lewin que revolucionou a ideia de mudança em organizações.

 O comportamento deriva da coexistência dos fatos; depende do campo atual ao invés do passado ou do futuro.
O campo psicológico ou espaço vital (lifespace, em inglês), dentro dos quais as pessoas agem precisa ser levado em conta a fim de entender o comportamento.
O comportamento é função do campo que existe no momento em que o comportamento ocorre e é representado pela seguinte fórmula:
C = f (P,A)
A fórmula significa que o comportamento de alguém está relacionado as características pessoais da pessoa e à situação social na qual se encontra.

Max Wertheimer

  Max Wertheimer foi um psicologo checo , um dos fundadores da Teoria da Gestalt juntamente com Kurt Koffka e Wolfgang Köhler. Nascido numa família judaica germanófona, durante sua juventude pensava em seguir carreira como músico; estudou violino, composição de música de câmara e sinfônica. Em 1900, começou estudar na Universidade de Praga. Um ano após, mudou de curso, passando a estudar psicologia na Universidade de Berlin, sob a tutela de Carl Stumpf. Em 1904, recebou seu doutorado na Universidade de Würzburg. Esta tese trata de um detector de mentiras empregando o método de associação de palavras.
  Em 1910 interessou-se pela percepção do movimento. Com a ajuda de um estroboscopio descobre que, iluminando duas linhas por um breve período de tempo, tem-se a sensação de ver só uma. A este fenômeno chamou de fenômeno phi. Em 1933 imigrou para os Estados Unidos para fugir da perseguição Nazi. Trabalhou como professor em Nova York, onde passou os últimos anos de vida. Sua obra só foi descoberta postumamente, em 1945. Wertheimer foi um critico do sistema educacional de sua época, baseado na lógica tradicional e na associação de ideias. Para ele, a verdade consiste em determinar a estrutura total de experiência e não em captá-la por sensações e percepções singulares associadas.

 

domingo, 23 de outubro de 2011

O Pragmatismo segundo William James

William James assim definiu o método pragmático:
   “O método pragmático é, primariamente, um método de assentar disputas metafísicas que, de outro modo, se estenderiam interminavelmente.”
Exemplo de pragmatismo é a própria “verdade”. A verdade em essência sempre esteve presente, mas ao passo em que ela nos é desconhecida é uma verdade sem significado e que só passa a ser verdade quando a praticamos, por isso a verdade só se confirma quando podemos proclamá-la: a verdade possível e alcançável para nós está implícita na nossa realidade.A psicologia deve ter o olhar atento para a realidade ou realidades, pois é nessa ou nessas que estará a verdade ou as verdades de cada um, e aqui inclui-se até a verdade ou verdades não exteriorizadas, pois tudo quando praticado, mesmo que apenas em si mesmo (internalizado), passa a ser a realidade e por conseqüência a verdade de alguém. A psicologia deve se ocupar em ser a ciência com a maior plasticidade e tolerância, pois ela lidará com inúmeras verdades (as verdades de cada um) e não poderá em momento algum “determinar” uma verdade definitiva para alguém pelo fato da psicologia ter como objeto de estudo o homem, este ser tão sedento de verdades.
             
                          A perspectiva pragmatista de James teve grande influência para o movimento funcionalista da psicologia.

Neobehaviorismo Mediacional

   O Behaviorismo Clássico postulava que todo comportamento poderia ser modelado por conexões S-R; entretanto, vários comportamentos não puderam ser modelados desta maneira. Em resposta a isso, vários psicólogos propuseram modelos behavioristas diferentes em complemento ao Behaviorismo Watsoniano. Destes podemos destacar Edward C. Tolman, primeiro psicólogo do comportamentalismo tradicionalmente chamado Neobehaviorismo Mediacional.
   Tolman publicou, em 1932, o livro Purposive behavior in animal and men. Nessa obra, Tolman propõe um novo modelo behaviorista se baseando em alguns princípios dessoantes perante a teoria watsoriana. Esse modelo apresentava um esquema S-O-R (estímulo-organismo-resposta) onde, entre o estímulo e a resposta, o organismo passa por eventos mediacionais, que Tolman chama de variáveis intervenientes. As variáveis intervenientes seriam, então, um componente do processo comportamental que conectaria os estímulos e as respostas, sendo os eventos mediacionais processos internos.Baseado nesses princípios, Tolman apresenta uma teoria do processo de aprendizagem sustentada pelo conceito de mapas cognitivos, i. e., relações estímulo-estímulo, ou S-S, formadas nos cérebros dos organismos. Essas relações S-S gerariam expectativas no organismo, fazendo com que ele adote comportamentos diferentes e mais ou menos previsíveis para diversos conjuntos de estímulos. Esses mapas seriam construídos através do relacionamento do organismo com o meio, quando observa a relação entre vários estímulos. Os processos internos que permitem a criação de um mapa mental entre um estímulo e outro são usualmente chamados gestalt-sinais.
  

 

sábado, 22 de outubro de 2011

Entendendo Melhor o que é Web 2.0


O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web --tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. A idéia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico e que os usuários colaborem para a organização de conteúdo.

Dentro deste contexto se encaixa a enciclopédia Wikipedia, cujas informações são disponibilizadas e editadas pelos próprios internautas.

Também entra nesta definição a oferta de diversos serviços on-line, todos interligados, como oferecido pelo Windows Live. Esta página da Microsoft, ainda em versão de testes, integra ferramenta de busca, de e-mail, comunicador instantâneo e programas de segurança, entre outros.




O Estruturalismo

O estruturalismo  surgiu com o inglês Edward Bradford Titchener (1867–1927) e tem como fundamento o estudo dos elementos ou conteúdos mentais e sua conexão mecânica, mediante o processo de associação, porém, descartava a idéia de que a apercepção (processo mental através do qual cada indivíduo percebe e interpreta o mundo) tenha alguma participação nesse processo.
Sua principal base de estudos concentrava-se nos elementos propriamente ditos, e acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, para determinar sua estrutura, através da análise das partes que a formam.
Esta experiência consciente, segundo Titchener é dependente do indivíduo que a vivencia, diferindo da estudada por cientistas de outras áreas. Por exemplo, tanto a Física como a Psicologia tem condições de estudar a luz ou o som, porém, cada profissional terá orientação, métodos e objetivos diferentes.
Em seu livro A Textbook of Psychology, Titchener cita que “Todo conhecimento humano é derivado das experiências humanas, não há outra fonte de conhecimento”. Com base nessa afirmação, podemos concluir que toda experiência humana pode ser analisada por pontos de vistas distintos, não estando nenhum deles necessariamente incorreto, pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto, seu próprio repertório de conhecimentos.

domingo, 16 de outubro de 2011

INTROSPECCIONISMO

 O introspeccionismo, de um lado, busca uma vivência interior, procura ter acesso à interioridade do indiviíduo, em contraposição à vivência exterior, fazendo desta forma o psiquismo existir de maneira diferente do orgânico. A fenomenologia, por outro lado, apresenta a estrutura da consciência enquanto intencionalidade, a consciência é "consciência de...". Não há dicotomia possível entre o eu e  o mundo. O mundo não é algo exterior, mas é afirmado como "meio". O eu não é interioridade, mas é afirmado como "existente" no mundo (Lyotard, 1967, p. 58). "Não existe o homem interior, o homem é no mundo", e, a verdade, portanto, não se encontra num suposto homem interior, mas "é no mundo que ele se conhece" (Merleau-Ponty, 1954; citado em Lyotard, 1967, p. 58).





 Para o introspeccionismo a vivência da consciência constitui por si mesmo um saber da consciência. Estou assustado, sei o que é o medo. A vivência se dá imediatamente com seu sentido. Há uma transparência. Para a fenomenologia, ao acontrário, o método de abordagem exige uma reflexão: uma retomada descritiva da própria vivência para a consciência atual. Assim, por exemplo, estou assustado, sei que tenho medo, não sei ainda o que é o medo. Este método de reflexão, esta retomada necessária da vivência permite ao fenomenólogo superar a barreira intransponível para o introspeccionista da vivência individual, que não pode ser reproduzida.


Wilhelm Wundt (1832 – 1920), Psicólogo e Filósofo alemão, líder da Escola Estruturalista, nascido em Neckarau é considerado o pai da psicologia moderna.
O método fundamental usado por Wundt em suas pesquisas psicológicas foi a Introspecção, na qual utilizava sujeitos treinados, que, seguiam normas estritas e obedeciam certas regras:
  • O observador deve ser capaz de determinar quando o processo pode ser introduzido; 
  • Ele deve estar num estado de prontidão ou de atenção concentrada;
  • Deve ser possível repetir a observação varias vezes;
  • As condições experimentais devem ser passíveis de variação em termos da manipulação controlada dos estímulos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Behaviorismo

  Do termo inglês behaviour ou do americano behavior, significando conduta, comportamento – é um conceito generalizado que engloba as mais paradoxais teorias sobre o comportamento, dentro da Psicologia.
  Esta teoria teve início em 1913, com um manifesto criado por John B. Watson – “A Psicologia como um comportamentista a vê“. Nele o autor defende que a psicologia não deveria estudar processos internos da mente, mas sim o comportamento, pois este é visível e, portanto, passível de observação por uma ciência positivista. Nesta época vigorava o modelo behaviorista de S-R, ou seja, de resposta a um estímulo, motor gerador do comportamento humano.  Watson é conhecido como o pai do Behaviorismo Metodológico ou Clássico, que crê ser possível prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do meio em que o indivíduo vive e nas teorias do russo Ivan Pavlov sobre o condicionamento – a conhecida experiência com o cachorro, que saliva ao ver comida, mas também ao mínimo sinal, som ou gesto que lembre a chegada de sua refeição.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

LIVRO: AS TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA

Pierre Lévy é um filósofo judeu que se tornou especialista na teoria da inteligência coletiva e precursor da Cibercultura, sendo um dos primeiros a discutir temas como a Wikipédia. No seu Primeiro livro, “As Tecnologias da Inteligência” lançado em 1992, Lévy disserta sobre diversos conceitos, desde o surgimento de um novo formato textual, o Hipertexto, discutindo sua definição e os modos como é empregado, além do impacto social que o computador e suas tecnologias inteligentes causaram na sociedade, até assuntos mais complexos como a Ecologia Cognitiva e o Coletivo Inteligente.

HIPERTEXTO, NOVA MODALIDADE TEXTUAL NA ERA DIGITAL


Na primeira parte do livro “As Tecnologias da Inteligência”, Pierre Lévy explica que na comunicação a informação se precisa através do contexto e do sentido. Eles se interagem, tendo como preceito que o contexto é construído a partir do sentido e o sentido emerge a partir do contexto. Através deles que temos “(…) lances decisivos,… no jogo de interpretação e da construção de realidade”. (LÉVY, 1992)
O método de comunicação que busca analisar, então, é o hipertextual. Começa relatando que a mente humana não segue um sentido linear de cognição, quando uma informação lhe é atribuída. Explica no trecho:

“Quando ouço uma palavra, isto ativa imediatamente em minha mente uma rede de outras palavras, de conceitos, de modelos, mas também de imagens, sons, (…). Mas apenas os nós selecionados pelo contexto serão ativados com força suficiente em nossa consciência.” (PIERRE LÉVY, 1992, p.23)
O leme que dá rota a esse fluxo cognitivo, então, é o contexto que “designa portanto a configuração  de ativação de uma grande rede semântica” (LÉVY,1992). A essa grande rede semântica, o autor chamou de hipertexto. Para classificá-lo melhor, designa seis Princípios básicos e abstratos: Metamorfose, heterogeneidade, multiplicidade e de encaixe das escalas,exterioridade,tipologia e modalidade dos centros.